O lixo plástico é um problema ambiental há décadas. Conhecido como um dos grandes vilões por trás da poluição aquática, e consequentemente dano a vida marinha, não é de hoje que a discussão tem estado em pauta.
Nas redes sociais é fácil achar dezenas de vídeos de animais marinhos presos em embalagens plásticas: sacolas, garrafas, containers, entre outros. Não só isso: ambientalistas já chocaram o mundo ao abrir tartarugas e descobrir resíduos em seus estômagos incapazes de serem digeridos: tampas de garrafas, sacolas, enforca-gatos etc.
Com o alerta global piscando, as nações começaram a se posicionar e tomar medidas para combater, ou pelo menos diminuir, o uso de itens de plástico descartáveis como copos, talheres, canudos e sacolas. A primeira medida, foi a tentativa da popularização das ecobags e proibição das sacolas plásticas em mercados, porém, apesar de ter resultados positivos em outros países, o Brasil não se adaptou a mudança. Mesmo com a cobrança dos supermercados em cima do uso das sacolas, elas ainda são o método de armazenamento – e transporte – mais comum das compras domésticas.
Em 2018, porém, tivemos uma nova batalha ambiental: a proibição dos canudos plásticos. A medida que assustou a maior parte dos comércios na época de sua divulgação acabou se popularizando, e mesmo cidades onde não há proibição temos muito usuários de métodos alternativos como canudos de aço inox.
Fevereiro, mês comum da festa mais famosa do Brasil – o Carnaval – veio com um novo alerta de um vilão plastificado: o glitter. O acessório de maquiagem comum nos adereços e preparação das fantasias na verdade é um conjunto de microplásticos que não consegue ser pego pelos filtros convencionais e acaba sendo despejado nos oceanos, poluindo e agredindo a vida marinha. Apesar do alerta já ter sido dado a anos, em 2018 e em 2019 houve a popularização do eco glitter, ou glitter biodegradável, podendo ser feito de diferentes substâncias que se dissolvem naturalmente e não poluem ou geram resíduos tóxicos.
A Revista Planeta listou 5 grandes iniciativas privadas tomadas por grandes empresas que visam diminuir o lixo plástico. Entre elas estão os talheres descartáveis feitos de semente de abacate pela empresa mexicana BioFase, até a embalagem comestível para Packs de Cerveja da americana Saltwater Brewery.
Com mais de 5 trilhões de peças plásticas descartadas no oceano, a organização CleanUp, criada em 2013, desenvolveu um sistema que se apropria das forças naturais das correntezas para limpar os mares em suas camadas superiores. Sem fins lucrativos, a organização espera reduzir em 90% os resíduos plásticos nos meios marinhos até 2040.
O Brasil também não fica para trás, em uma ação inédita marcas brasileiras e internacionais criaram a Alliance to End Plastic Waste (AEPW), ou Aliança para o fim dos resíduos plásticos. Com grandes nomes como Braskem, Basf, Mitsubishi Chemical Holdings e Shell Chemicals, as marcas pretendem investir mais de 1 bilhão de dólares para evitar o descarte do produto no meio ambiente.
Tardio, porém importante, esse alarde divulgado na mídia por causa dos danos ambientais causados pelo plástico é um ótimo inicio para voltarmos a nos preocupar com o meio ambiente e os resíduos que produzimos no nosso dia-a-dia.
Referências:
https://www.promoview.com.br/geral/empresas-de-plastico-se-unem-em-prol-do-meio-ambiente.html
https://www.revistaplaneta.com.br/5-iniciativas-para-reduzir-lixo-plastico/
https://www.terra.com.br/noticias/como-o-glitter-usado-no-carnaval-polui-os-oceanos,fe6cec6701264cfe215a63080e5103c21h68q3vw.html
https://g1.globo.com/carnaval/2019/noticia/2019/02/22/carnaval-sustentavel-glitter-biodegravel-copos-reutilizaveis-e-confete-ecologico-sao-opcoes.ghtml
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2019/02/23/interna_cidadesdf,739329/comerciantes-procuram-alternativas-para-canudos-e-copos-de-plastico.shtml