Segurança em transporte de produtos perigosos: o que você precisa saber

O transporte de produtos perigosos envolve riscos elevados: impactos à saúde humana, à segurança no trânsito e ao meio ambiente. 

Mais do que uma questão de compliance, é uma oportunidade de demonstrar seriedade operacional — o que fortalece autoridade e reduz custos com acidentes, autuações e recall de imagem.

1. O que são produtos perigosos?

Produtos perigosos são substâncias ou materiais que, por suas propriedades físicas, químicas ou biológicas, podem representar risco significativo durante transporte, manuseio ou armazenamento.

Eles podem causar:

  • incêndios/explosões;
  • contaminação do solo, água ou ar;
  • danos à saúde humana ou fauna e flora;
  • prejuízos materiais e reputacionais.

1.1 Classes de risco

A classificação segue os padrões internacionais da United Nations Economic Commission for Europe (UNECE) e está dividida em 9 classes principais:

  1. Explosivos
  2. Gases
  3. Líquidos inflamáveis
  4. Sólidos inflamáveis
  5. Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos
  6. Substâncias tóxicas e infectantes
  7. Materiais radioativos
  8. Corrosivos
  9. Substâncias perigosas diversas (ex: baterias de lítio)

Cada classe exige atenção para embalagem, transporte, compatibilidade, sinalização e documentação.

2. Quais os principais riscos no transporte?

É essencial compreender os pontos críticos para mitigar os efeitos negativos:

  • Incêndios ou explosões: cargas inflamáveis ou explosivas sem contenção podem gerar grandes danos.
  • Exposição tóxica: vazamentos ou contato inadequado podem gerar intoxicações ou acidentes graves.
  • Contaminação ambiental: solo, água ou ar podem ficar comprometidos — com multas ambientais, perdas operacionais e crises de imagem.
  • Danos a equipamentos e infraestrutura: produtos corrosivos ou reativos comprometem veículos, vias e equipamentos.
  • Impactos operacionais e reputacionais: uma ocorrência gera interrupção de operação, custos extras e perda de confiabilidade.

3. Qual é a legislação no Brasil e o que mudou?

3.1 Órgãos reguladores

O regulamento brasileiro para transporte rodoviário de produtos perigosos está sob responsabilidade da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

A legislação principal inclui:

  • Resolução ANTT nº 5.998/2022 – norma atual, publicada em 3 de novembro de 2022, em vigor desde 1º de junho de 2023.
  • Norma anterior Resolução ANTT nº 5.947/2021 – parcialmente revogada pela 5.998.
  • Outras normas complementares e regulamentos técnicos (Inmetro, ABNT) se aplicam.

3.2 Principais mudanças na Resolução 5.998/2022

  • Atualização da lista de produtos perigosos (inclusão de novos números ONU, exclusão de alguns)
  • Revogação da necessidade da “Declaração do Expedidor”.
  • Revisão nas penalidades e infrações aplicáveis.
  • Novas diretrizes para embalagens, sinalização e compatibilidade de cargas.
  • Proibição mais clara do transporte em motocicletas, motonetas ou ciclomotores, salvo exceções.

3.3 Porque isso importa para seu negócio

Estar em conformidade com a Resolução 5.998/2022 — e suas Instruções Complementares — reduz riscos financeiros, operacionais e de imagem.

Ignorar ou aplicar regras antigas pode levar a autuações, retenções de carga ou até suspensão da operação.

4. Como deve ser feito o transporte seguro

4.1 Classificação, identificação e embalagem

  • Cada carga deve ser classificada segundo o número ONU e a classe de risco.
  • Embalagens devem estar em conformidade com as Instruções Complementares da ANTT, aprovadas pelo fabricante ou por norma técnica.
  • Sobre embalagens, estivas e fixações bem executadas — evitando deslocamento, tombamento ou violação.

4.2 Veículos, sinalização e equipamentos

  • Veículo deve estar registrado no RNTRC (Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas) e atender requisitos da ANTT.
  • Sinalização clara (placas, rótulos de risco) visível durante transporte, mesmo se vazio e ainda contaminado.
  • Conjunto de equipamentos para emergência (extintores, kits de contenção, EPIs) dentro da cabine ou próximo à porta de acesso, conforme peso bruto.
  • Veículos não podem transportar produtos perigosos se contaminados externamente ou em condições inseguras.

4.3 Treinamento e capacitação

  • O condutor deve possuir curso específico para transporte de produtos perigosos (curso MOPP ou similar) e habilitação adequada.
  • Treinamentos periódicos, simulações de emergência, verificação de EPI, embalagem, protocolo de rota.

4.4 Planejamento de rota e monitoramento

  • Selecionar rotas que evitem áreas densamente povoadas ou ambientalmente sensíveis.
  • Verificar restrições de tráfego, pontes, condições da via.
  • Adotar monitoramento em tempo real (tecnologia de rastreamento) para aumentar a agilidade em caso de evento adverso — item cada vez mais exigido por garantias operacionais.

4.5 Documentação obrigatória

Com o novo regulamento, os documentos mínimos são:

  • Certificado de Inspeção para Transporte de Produtos Perigosos (CTPP) ou Certificado de Inspeção Veicular (CIV) para transporte a granel.
  • Documento para Transporte de Produtos Perigosos contendo informações da carga (número ONU, classe, quantidade, perigos).
  • Outros documentos exigidos nas Instruções Complementares.

Obs: a “Declaração do Expedidor” não é mais obrigatória conforme a Resolução 5.998/2022.

5. Perguntas Frequentes (FAQ)

Q1. Qual a diferença entre produto perigoso e não perigoso?
Produto perigoso representa risco à saúde, segurança ou meio ambiente; não perigoso não apresenta esses riscos.

Q2. O que é o “Número ONU”?
É um código de 4 dígitos atribuído pela ONU para identificar substâncias perigosas internacionalmente, garantindo padronização.

Q3. Quais as 9 classes de risco?
Explosivos, gases, líquidos inflamáveis, sólidos inflamáveis, oxidantes/peróxidos, tóxicos/infectantes, radioativos, corrosivos e diversos.

Q4. A que minha empresa precisa se atentar no manuseio e transporte?
Classificação correta, acondicionamento, sinalização de veículo, uso de EPI, treinamento, documentação, seleção de rota e monitoramento.

Q5. Em caso de vazamento ou acidente, o que fazer?
Isolar a área, acionar equipe preparada, usar EPI, notificar autoridade competente, disponibilizar FDS (Ficha com Dados de Segurança) com informações da substância e seguir o plano de emergência.

6. Sustentabilidade, reputação e vantagem competitiva

Transportar produtos perigosos de forma segura e conforme a legislação não é apenas obrigação — é diferencial competitivo. 

Empresas que demonstram excelência na gestão deste tipo de risco:

  • reduzem sinistros e custos associados;
  • fortalecem a confiança perante clientes e parceiros;
  • minimizam impacto ambiental e evitam crises de imagem;
  • se antecipam a regulações futuras e exigências de auditoria.

7. Check-list prático para operação

  • Classificação correta da carga (classe + número ONU)
  • Embalagem e sobreembalagem aprovadas + estiva conforme normas
  • Veículo inscrito no RNTRC + certificado CTPP/CIV válidos
  • Sinalização exterior visível, conforme a carga
  • Equipamentos de emergência + EPI presentes e acessíveis
  • Condutor com curso de transporte de produtos perigosos e CNH adequada
  • Rota planejada + monitoramento em tempo real
  • Documentação organizada e disponível para fiscalização
  • Revisão periódica de equipamentos e plano de contingência

Registro de auditorias e feedback para melhoria contínua

8. Conclusão

Se você atua no transporte de produtos perigosos, dominar a nova Resolução ANTT nº 5.998/2022 e aplicar os protocolos de segurança, monitoramento e sustentabilidade é imperativo para operar com eficiência, reduzir riscos e fortalecer a sua marca.

A conformidade não é apenas cumprir regras — é construir autoridade, mitigar perdas, proteger vidas e o meio ambiente.

Safety Data Sheet (SDS): o que é e como elaborar o documento?

A Safety Data Sheet (SDS), conhecida no Brasil como Ficha com Dados de Segurança (FDS), é um dos pilares da gestão segura de produtos químicos.

Com a atualização da ABNT NBR 14725:2023 e a obrigatoriedade da nova FDS a partir de julho de 2025, torna-se essencial que as empresas estejam adequadas às novas exigências para evitar sanções, proteger trabalhadores e garantir conformidade ambiental e ocupacional.

O que é a Ficha com Dados de Segurança (FDS)

A Ficha com Dados de Segurança (FDS) é um documento técnico que reúne informações detalhadas sobre as propriedades de substâncias e misturas químicas, incluindo:

  • Identificação do produto e do fornecedor;
  • Riscos à saúde e ao meio ambiente;
  • Medidas preventivas de segurança;
  • Procedimentos de emergência e descarte adequado.

Seu principal objetivo é garantir o uso seguro de produtos químicos, protegendo trabalhadores, consumidores e o meio ambiente, além de atender à legislação brasileira e aos padrões internacionais do Sistema Globalmente Harmonizado (GHS).

FDS (antiga FISPQ), MSDS e SDS: diferenças e atualizações

Os termos FISPQ, MSDS e SDS representam fases distintas da evolução normativa da comunicação de perigo químico:

TermoSignificadoBase legal / normativaSituação atual
FISPQFicha de Informação de Segurança de Produto QuímicoABNT NBR 14725:2014Substituída pela FDS em 2023
MSDSMaterial Safety Data SheetUtilizada antes do GHS (EUA e outros países)Desatualizada
SDS / FDSSafety Data Sheet / Ficha com Dados de SegurançaABNT NBR 14725:2023 (GHS ONU Rev. 7)Vigente no Brasil e obrigatória até julho/2025

A ABNT NBR 14725:2023 substituiu oficialmente o termo FISPQ por FDS, alinhando o Brasil ao formato internacional SDS (Safety Data Sheet).

Essa atualização exige que todas as empresas que produzem, importam ou comercializam produtos químicos revisem seus documentos e adotem o novo modelo padronizado.

O que mudou com a ABNT NBR 14725:2023

A nova norma trouxe mudanças significativas que impactam diretamente a elaboração e atualização da FDS:

1. Atualização do GHS

A norma adota a 7ª Revisão do Purple Book da ONU, ampliando critérios de classificação de perigos físicos, à saúde e ambientais.

2. Estrutura atualizada

Mantém-se o formato com 16 seções, mas com ajustes na ordem, conteúdo e terminologias para adequação global.

3. Prazo de transição

Empresas tiveram até 1º de julho de 2025 para substituir suas antigas FISPQs por FDS atualizadas.

4. Inclusão de novas informações

Passam a ser obrigatórios dados complementares, como:

  • Identificadores únicos de composição (UIC);
  • Fontes de dados toxicológicos e ecotoxicológicos;
  • Data de elaboração e revisão visível na Seção 16;
  • Compatibilidade com rótulos GHS atualizados.

Estrutura da Ficha com Dados de Segurança (FDS)

A FDS deve seguir a estrutura harmonizada do GHS, composta por 16 seções padronizadas. 

Confira:

SeçãoConteúdo principal
1Identificação do produto e da empresa
2Identificação de perigos
3Composição/informações sobre os ingredientes
4Medidas de primeiros socorros
5Medidas de combate a incêndio
6Medidas de controle para derramamento ou vazamento
7Manuseio e armazenamento
8Controle de exposição e proteção individual
9Propriedades físicas e químicas
10Estabilidade e reatividade
11Informações toxicológicas
12Informações ecológicas
13Considerações sobre destinação final
14Informações sobre transporte
15Informações sobre regulamentações
16Outras informações, incluindo data de elaboração e revisão

Essas seções garantem uma padronização internacional, facilitando a comunicação e o comércio seguro de produtos químicos.

Importância da FDS para a segurança e conformidade

A Ficha com Dados de Segurança (FDS) é um documento de gestão integrada de riscos químicos, com funções que vão além da simples obrigação legal:

  • Prevenção de acidentes: reduz riscos de exposição e contaminação.
  • Capacitação de trabalhadores: fornece base para treinamentos e manuseio seguro.
  • Conformidade regulatória: evita multas e autuações ambientais.

Gestão sustentável: contribui para o cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e práticas de ESG.

Como elaborar uma Ficha com Dados de Segurança (FDS)

A elaboração de uma FDS deve seguir critérios técnicos e regulatórios rigorosos.

Veja as principais etapas:

1. Coleta de informações

Reúna dados sobre a composição química, propriedades físico-químicas, toxicidade, reatividade e impacto ambiental.

2. Classificação de perigo

Aplique os critérios do GHS ONU Rev.7, de acordo com a ABNT NBR 14725:2023, e defina as frases de perigo e precaução correspondentes.

3. Elaboração das 16 seções

Redija cada seção com base em dados técnicos e em linguagem clara, conforme exigências da norma.

4. Revisão técnica e validação

A FDS deve ser revisada por profissionais qualificados em toxicologia, segurança química e regulamentação.

5. Atualização periódica

A atualização é obrigatória sempre que houver:

  • Nova informação sobre perigos;
  • Alteração de composição;
  • Atualização normativa.

Consequências do não cumprimento

Empresas que não se adequarem até julho de 2025 podem enfrentar:

  • Autuações e multas ambientais (Lei nº 9.605/1998);
  • Embargo de produtos químicos por não conformidade com o GHS;
  • Riscos trabalhistas por falta de informação adequada sobre perigos.

Por isso, manter a FDS em conformidade é uma exigência técnica e estratégica.

Boas práticas para gestão de FDS em empresas químicas

  • Utilize um sistema digital de controle e armazenamento das FDS;
  • Garanta que o documento esteja disponível para todos os trabalhadores;
  • Treine as equipes com base nas informações das FDS;
  • Revise periodicamente as fichas em conjunto com a área de segurança e meio ambiente.

Ficha com Dados de Segurança (FDS) e sustentabilidade

A FDS também contribui para estratégias de ESG e responsabilidade ambiental, pois orienta sobre descarte correto, transporte seguro e minimização de impactos ambientais.

Empresas que integram a gestão de produtos químicos ao seu sistema de sustentabilidade reduzem riscos operacionais e reforçam sua reputação no mercado.

Conclusão

Com a ABNT NBR 14725:2023 e a obrigatoriedade da nova Ficha com Dados de Segurança (FDS) até julho de 2025, as empresas precisam agir rapidamente para garantir conformidade, segurança e credibilidade.

A FDS deixou de ser apenas um requisito documental — é agora uma ferramenta estratégica de gestão de risco químico, sustentabilidade e compliance.

Garanta conformidade com o apoio da Intertox

A Intertox é referência nacional em toxicologia, segurança química e meio ambiente, com equipe técnica especializada na elaboração, revisão e atualização de Fichas com Dados de Segurança (FDS) conforme a ABNT NBR 14725:2023 e o GHS ONU.

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Conformidade e Segurança no Transporte de Produtos Perigosos: Conheça o treinamento da Intertox

A segurança no transporte de produtos perigosos é um tema que demanda atenção técnica, responsabilidade e, acima de tudo, conformidade com normas rigorosas. 

O transporte de substâncias químicas ou resíduos perigosos envolve riscos que, se não forem gerenciados adequadamente, podem causar sérios danos à saúde pública, ao meio ambiente e à integridade da operação logística.

Além dos riscos operacionais, o descumprimento das normas pode gerar penalidades significativas. Em 2024, segundo relatório da ABTLP, foram registradas 1.033 ocorrências no transporte rodoviário de produtos perigosos, sendo 490 acidentes e 543 incidentes, o que representa uma média de quase três registros por dia.

Já em 2025, a Operação TRPP Nacional, coordenada pelo Ibama, resultou na apreensão de 62 veículos, 97 autos de infração e um total de R$ 1,2 milhão em multas aplicadas em todo o território nacional. Essas ações reforçam a importância da conformidade legal e da capacitação técnica para evitar penalidades e garantir a segurança nas operações.

Neste conteúdo, você vai entender por que a segurança no transporte de produtos e resíduos perigosos deve ser uma prioridade, quais são as principais regulamentações envolvidas e como o curso da Intertox pode preparar sua equipe para atuar com competência, minimizando riscos e evitando penalidades.

A importância da segurança e conformidade no transporte de produtos e resíduos perigosos

Transportar produtos e resíduos perigosos não é apenas uma questão operacional. É uma obrigação legal e ética que exige planejamento, conhecimento técnico e o uso correto de recursos e documentação. 

A negligência nesse processo pode resultar em acidentes ambientais, contaminações, riscos à saúde pública e, como evidenciado em 2024 e 2025, multas que ultrapassam R$ 1,2 milhão em operações de fiscalização. Infrações como transporte sem documentação adequada, uso de embalagens irregulares ou ausência de treinamento da equipe estão entre as mais notificadas.

Por isso, a segurança no transporte de produtos e resíduos perigosos deve ser tratada como parte estratégica da gestão, especialmente em empresas que lidam com substâncias químicas com classificações de perigo, como: inflamáveis, corrosivas, tóxicas ou radioativas. 

Estabelecer padrões rígidos de segurança protege a operação, os colaboradores, o meio ambiente e a sociedade.

Quais são as principais regulamentações aplicáveis?

O transporte de produtos perigosos é regido por um conjunto de normas técnicas e legislações específicas. 

Entre as mais relevantes, estão:

Regulamentações internacionais

  • Recommendations on the Transport of Dangerous Goods – Model Regulations (ONU – Orange Book): documento de referência mundial que define critérios para a classificação, rotulagem, embalagem e documentação dos produtos perigosos. Este manual encontra-se na 24ª edição revisada. Saiba mais aqui.

Regulamentações nacionais

  • Resolução ANTT nº 5998/2022: estabelece as exigências para o transporte terrestre de produtos perigosos no Brasil, em vigor desde 1º de junho de 2023.
  • Resolução ANTT nº 5996/2022: trata da Ficha de Emergência obrigatória no transporte rodoviário de produtos perigosos no Mercosul.
  • Normas técnicas da ABNT, como:
    • ABNT NBR 7503 – Transporte terrestre de produtos perigosos — Ficha de emergência — Requisitos mínimos;
    • ABNT NBR 9735 – Conjunto de equipamentos para emergências no transporte terrestre de produtos perigosos;
    • ABNT NBR 14619 – Transporte terrestre de produtos perigosos – Incompatibilidade química .

Além destas, outras normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT são citadas e aplicáveis ao transporte rodoviário de produtos e resíduos perigosos. Sendo assim, facultativo ao cumprimentos das obrigatoriedades. 

Essas regulamentações definem os critérios para classificação de risco, uso de sinalização, documentação exigida, equipamentos obrigatórios e ações em situações de emergência. 

Cumpri-las é fundamental para garantir a segurança no transporte de produtos e resíduos perigosos.

Curso da Intertox: capacitação completa para profissionais da área

Para auxiliar profissionais e organizações a atuarem com excelência e dentro das normas, a Intertox promove a 33ª Edição do Curso de Transporte Terrestre de Produtos e Resíduos Perigosos.

Esse treinamento é voltado a profissionais das áreas de saúde, meio ambiente, segurança, laboratórios e controle de qualidade, que atuam diretamente na gestão de risco químico em empresas públicas e privadas. 

Atenção: o curso não é destinado a prestadores de serviços ou profissionais autônomos.

Detalhes do curso

📅 Data: 10 e 11 de dezembro das 08h30 às 17h30.
🕗 Horário: das 08h30 às 17h30
📍 Local:

  • 100% online, pela plataforma ZOOM
  • 100% presencial, na SPAX (Av. Paulista – São Paulo, SP)

Objetivo

O curso aprofunda o conhecimento técnico sobre a Resolução ANTT nº 5998/2022, suas instruções complementares, portarias do INMETRO e normas da ABNT, com foco prático no cumprimento das exigências legais e operacionais para o transporte de produtos e resíduos perigosos.

Metodologia

  • Aulas expositivas com material visual e instrutores especializados;
  • Exercícios práticos de classificação de perigo e análise de incompatibilidades;
  • Envio de material impresso por transportadora (para participantes online);
  • Entrega do material em sala (para quem optar pelo presencial);
  • Certificado de participação e acesso a materiais exclusivos.

Conteúdo abordado

  • Estrutura da regulamentação nacional e internacional;
  • Classificação de risco, número ONU e nome apropriado para embarque;
  • Preenchimento da Ficha de Emergência nacional e Mercosul;
  • Regras de rotulagem, sinalização de veículos e uso de EPIs;
  • Embalagens homologadas e Regras para enquadramento de quantidade limitada;
  • Documentação obrigatória e exigências específicas.

Investimento

  • Inscrições até 31/10/2025 : R$ 1.700,00 para uma inscrição.
  • Inscrições de 01/11/2025 até 25/11/2025 : R$ 1.850,00 para uma inscrição.
  • Inscrições de 26/11/2025 até 08/12/2025 : R$ 2.000,00 para uma inscrição.

Prepare sua equipe para atuar com responsabilidade

Capacitar sua equipe técnica é uma das formas mais eficazes de garantir a segurança no transporte de produtos perigosos. O curso da Intertox oferece conhecimento atualizado, aplicável e alinhado às exigências da legislação vigente.

Ao participar da 33ª Edição do Curso de Transporte Terrestre de Produtos e Resíduos Perigosos, sua organização estará investindo em prevenção, conformidade e eficiência operacional.

Não deixe a segurança e a conformidade para depois. Garanta a participação da sua equipe e fortaleça sua atuação no transporte de substâncias perigosas com conhecimento e responsabilidade.

Como elaborar uma FDS (Ficha com Dados de Segurança)?

A Ficha com Dados de Segurança (FDS) é um documento técnico que contém informações fundamentais sobre os perigos de um produto químico e as medidas de segurança que devem ser adotadas durante seu manuseio, armazenamento, transporte e descarte.

Ela é um dos pilares do Sistema Globalmente Harmonizado (GHS) de classificação e comunicação de perigos, servindo como principal ferramenta para a gestão segura de produtos químicos em indústrias, laboratórios e empresas de diversos setores.

como elaborar ficha com dados de segurança (FDS)


Atualização normativa: FDS (Ficha com Dados de Segurança) passa a ser obrigatória a partir de julho de 2025

A ABNT publicou, em 2023, a NBR 14725:2023, que substitui oficialmente o modelo anterior de FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos) e institui a FDS como formato obrigatório desde 4 de julho de 2025.

Segundo a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), o prazo de transição encerrou em 3 de julho de 2025, e após essa data todas as fichas no formato antigo perderam validade regulatória.

Essa atualização tem o objetivo de harmonizar a comunicação de riscos químicos com os padrões internacionais, aumentar o nível de transparência sobre substâncias e misturas e aprimorar as informações disponíveis aos usuários.

Principais mudanças trazidas pela NBR 14725:2023

A nova norma segue a estrutura de 16 seções reconhecida internacionalmente, mas introduz novos requisitos técnicos e maior detalhamento nas informações. Entre as mudanças mais relevantes estão:

AlteraçãoDescrição
Nova denominaçãoO termo FISPQ foi substituído por FDS, alinhando o Brasil ao padrão internacional Safety Data Sheet (SDS).
Prazo de transiçãoAté 03/07/2025, as empresas podem utilizar fichas no formato anterior; após essa data, apenas FDS serão aceitas.
Mais informações obrigatóriasInclusão do telefone de emergência 24 h, identificação de número CAS de todos os ingredientes relevantes, descrição de partículas sólidas e novas classes de perigo, como explosivos dessensibilizados e perigos à camada de ozônio.
Maior transparênciaA nova norma exige indicar faixas de concentração de componentes e justificar tecnicamente eventuais omissões.
Atualização de layout e formatoAs seções foram reorganizadas e a redação precisa seguir os critérios estabelecidos pela ABNT NBR 14725-4:2023.

Essas mudanças visam não apenas adequar o país ao GHS, mas também melhorar a compreensão das informações por todos os envolvidos na cadeia de produtos químicos, reduzindo riscos de acidentes e ampliando a rastreabilidade dos dados de segurança.

Estrutura da Ficha com Dados de Segurança (FDS)

A FDS mantém a estrutura dividida em 16 seções, que devem conter informações claras e completas:

  1. Identificação do produto e da empresa
  2. Identificação de perigos
  3. Composição e informações sobre os ingredientes
  4. Medidas de primeiros-socorros
  5. Medidas de combate a incêndio
  6. Medidas de controle para derramamento ou vazamento
  7. Manuseio e armazenamento
  8. Controle de exposição e proteção individual
  9. Propriedades físicas e químicas
  10. Estabilidade e reatividade
  11. Informações toxicológicas
  12. Informações ecológicas
  13. Considerações sobre destinação final
  14. Informações sobre transporte
  15. Informações sobre regulamentações
  16. Outras informações

Cada uma dessas seções deve ser redigida com base em dados científicos e técnicos, garantindo que o usuário compreenda os riscos e adote as medidas adequadas de segurança.

Como elaborar uma FDS (Ficha com Dados de Segurança) em conformidade com a NBR 14725:2023

Para elaborar corretamente uma FDS, é fundamental seguir as diretrizes atualizadas da norma. O documento deve conter informações consistentes, verificadas e atualizadas, contemplando:

  • Identificação correta do produto químico e de seu fabricante, com telefone de emergência 24 h.
  • Composição detalhada, com número CAS e faixas de concentração de ingredientes perigosos.
  • Classificação de perigo segundo o GHS (físico, à saúde e ao meio ambiente).
  • Descrição dos riscos específicos, modos de exposição e medidas preventivas.
  • Recomendações de EPIs e medidas de controle de engenharia.
  • Informações sobre armazenamento seguro e descarte ambientalmente adequado.
  • Referência à legislação aplicável e data de revisão da ficha.

Além disso, o documento deve ser disponibilizado em português, estar acessível aos trabalhadores e manter histórico de versões para rastreabilidade das atualizações.

Impactos para as empresas

A obrigatoriedade da nova FDS representa mudanças significativas na rotina das organizações que lidam com produtos químicos:

  • Revisão completa das fichas existentes: todas as FISPQs precisarão ser substituídas pelo novo formato.
  • Adequação dos rótulos e materiais de comunicação de perigo.
  • Treinamento das equipes de segurança e saúde no trabalho (SST) para interpretar e aplicar corretamente as informações da nova FDS.
  • Integração com sistemas internos (como ERP e gestão de estoque) para garantir consistência das informações.
  • Prevenção de autuações e não conformidades durante fiscalizações ambientais e de segurança do trabalho.

O descumprimento do novo padrão pode gerar sanções administrativas, além de aumentar o risco de acidentes e danos à saúde dos trabalhadores.

Dicas para garantir conformidade da FDS (Ficha com Dados de Segurança)

  1. Verifique se sua empresa possui fichas atualizadas conforme a ABNT NBR 14725:2023.
  2. Atualize a terminologia de FISPQ para FDS em todos os documentos e sistemas.
  3. Capacite o time técnico e de segurança para compreender as novas exigências.
  4. Revise as informações de emergência, composição e classificação de perigos.
  5. Conte com especialistas em segurança química e regulamentação para elaborar ou revisar suas FDSs.

O papel da Intertox na adequação das FDS

A Intertox é referência nacional em toxicologia, segurança química e regulamentação de produtos.
Nosso time técnico atua há mais de duas décadas apoiando empresas na elaboração, revisão e tradução de Fichas com Dados de Segurança (FDS) conforme as normas da ABNT NBR 14725:2023 e os critérios do GHS.

Com expertise técnico-científica e atualização constante nas legislações nacionais e internacionais, a Intertox oferece soluções completas para garantir conformidade e segurança em toda a cadeia química.

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Treinamento de Segurança com Produtos Químicos (NR 26)

A manipulação de produtos químicos é uma atividade inerente a diversas indústrias e setores da economia, trazendo consigo a necessidade de garantir a segurança dos trabalhadores e do meio ambiente. 

Para atender essa demanda, a Norma Regulamentadora 26 (NR 26) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) define padrões que visam à sinalização, classificação e comunicação de perigo, além do manuseio adequado dessas substâncias. 

O Treinamento de Segurança com Produtos Químicos é uma ferramenta essencial para a correta aplicação da NR 26 e garante que os profissionais estejam devidamente capacitados para atuar de forma segura e responsável.

Neste artigo, abordaremos os aspectos mais relevantes desse tipo de capacitação, com foco no Treinamento de Segurança com Produtos Químicos oferecido pela Intertox Academy, que, além de atender às diretrizes da NR 26, é atualizado conforme as mais recentes normativas internacionais, como o GHS (Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos) e a NBR 14725.

Treinamento de Segurança Química

O que é a NR 26 e por que ela é importante?

A NR 26 estabelece as diretrizes para a sinalização de segurança com o uso de cores em ambientes de trabalho que utilizam produtos químicos, assim como, estabelece a obrigatoriedade de seguir o GHS no ambiente de trabalho onde há riscos de exposição a substâncias perigosas. 

O objetivo é padronizar a comunicação de perigo, garantindo que os trabalhadores reconheçam imediatamente os perigos associados aos materiais manuseados. 

O treinamento de segurança baseado nesta norma é indispensável para qualquer empresa que busca cumprir as regulamentações vigentes e promover um ambiente de trabalho seguro.

Uma das principais atualizações trazidas pela NR 26 foi a incorporação do GHS, que visa unificar a classificação e rotulagem de produtos químicos em nível global. 

Através do GHS, é possível assegurar que os riscos associados a uma substância sejam comunicados de maneira clara e compreensível, independentemente do país em que o produto está sendo manipulado ou vendido.

O que é o Sistema GHS e como ele se aplica ao Treinamento de Segurança com Produtos Químicos?

O Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS) é uma iniciativa internacional, cujo propósito é criar um padrão mundial para a comunicação dos perigos relacionados ao manuseio de substâncias químicas. 

O GHS estabelece critérios objetivos para a classificação de substâncias e misturas perigosas, além de determinar o formato e o conteúdo das Fichas com Dados de Segurança (FDS) e dos rótulos de produtos.

A recente atualização da NBR 14725, que integra o GHS, reforça ainda mais a necessidade de um treinamento de segurança química adequado. 

No curso da Intertox Academy, por exemplo, os profissionais são capacitados para entender e aplicar as exigências do GHS, desde a classificação de produtos até a elaboração de fichas com dados de segurança e rótulos conforme as normas vigentes.

A Estrutura do Treinamento de Segurança com Produtos Químicos da Intertox Academy

O treinamento de segurança química oferecido pela Intertox Academy é totalmente customizado, com carga horária reduzida ou abrangente, com uma carga horária de 12 horas, dividida em dois dias. 

Ele pode ser realizado de forma presencial ou online, dependendo das necessidades da empresa contratante. A seguir, detalhamos os principais tópicos que podem ser abordados durante o curso:

1. Segurança Química: Contexto e Princípios Básicos

O treinamento começa com uma introdução ao conceito de segurança química, abordando a diferença entre perigo e risco, os efeitos da toxicidade, além de proporcionar uma visão geral sobre o histórico das normas reguladoras no Brasil e no mundo. 

Aqui, os participantes aprendem a identificar os riscos presentes em seu ambiente de trabalho e a adotar medidas preventivas para minimizar esses riscos.

2. Sistemas de Classificação de Produtos Perigosos

Um dos pontos centrais do treinamento de segurança química é a compreensão dos sistemas de classificação de produtos perigosos, com ênfase no GHS. 

O curso explora como esse sistema é aplicado no Brasil e em outros países, e discute as recentes atualizações da NBR 14725, que incorporam o GHS como padrão de classificação e rotulagem. 

Os participantes têm a oportunidade de trabalhar com exemplos práticos, classificando substâncias e misturas de acordo com os critérios do GHS.

3. Ficha com Dados de Segurança (FDS)

Outro aspecto fundamental do curso é o aprendizado sobre a Ficha com Dados de Segurança (FDS). 

Essa ficha é um documento vital que contém informações detalhadas sobre os produtos químicos, como seus perigos, medidas de proteção e procedimentos de emergência. 

Durante o treinamento de segurança química, os participantes aprendem a preencher cada seção da FDS de acordo com os requisitos da NBR 14725, além de como buscar informações em bancos de dados específicos para a elaboração correta desse documento.

4. Rotulagem de Produtos Químicos

A rotulagem de produtos químicos é outro ponto essencial no treinamento de segurança química

Conforme o GHS, os rótulos devem conter informações padronizadas, como pictogramas, palavras de advertência, frases de perigo e de precaução. 

No curso, os participantes aprendem a elaborar rótulos de acordo com essas diretrizes, inclusive para embalagens pequenas, e a compreender as novidades trazidas pela atualização da NBR 14725.

5. Atividades Práticas

Para garantir que o conhecimento teórico seja efetivamente absorvido, o treinamento de segurança química da Intertox Academy inclui atividades práticas, nas quais os participantes aplicam o que aprenderam na classificação de substâncias, na elaboração de fichas de segurança e na criação de rótulos. 

Esse enfoque prático é uma das grandes vantagens do curso, pois permite que os profissionais enfrentem desafios reais do dia a dia e saiam da formação mais preparados para lidar com as exigências de segurança em suas empresas.

Benefícios do Treinamento de Segurança com Produtos Químicos

O treinamento de segurança química traz uma série de benefícios para as empresas e seus colaboradores. 

Além de garantir o cumprimento da norma regulamentadora, NR 26, esse tipo de capacitação ajuda a:

  • Reduzir os riscos de acidentes envolvendo produtos químicos;
  • Melhorar a compreensão dos trabalhadores sobre os perigos associados aos materiais que manuseiam;
  • Assegurar que as fichas com dados de segurança e rótulos estejam em conformidade com as normas vigentes;
  • Promover uma cultura de segurança no ambiente de trabalho;
  • Aumentar a confiança dos clientes e parceiros ao demonstrar comprometimento com a segurança e a sustentabilidade.

Ao investir no treinamento de segurança química, as empresas também se protegem de possíveis sanções e multas decorrentes do descumprimento das normas de segurança, além de evitar prejuízos decorrentes de acidentes e danos à saúde dos trabalhadores.

Treinamento de Segurança com Produtos Químicos

O treinamento de segurança química é uma etapa essencial para qualquer empresa que lida com produtos químicos, garantindo que os trabalhadores tenham o conhecimento necessário para manusear essas substâncias de maneira segura e eficaz.

 A Intertox Academy oferece uma capacitação completa, baseada nas mais recentes normativas nacionais, como a NR 26 e a NBR 14725, proporcionando aos participantes as ferramentas necessárias para atuar de forma consciente e responsável.

Investir em treinamentos como esse não apenas protege os trabalhadores, mas também assegura a conformidade com as regulamentações vigentes, promovendo um ambiente de trabalho mais seguro e eficiente.

Não perca a oportunidade de elevar o nível de segurança da sua empresa e garantir a conformidade com as normas mais atuais. 

O curso de treinamento de segurança química da Intertox Academy capacitará sua equipe com o conhecimento necessário para lidar com produtos químicos de forma segura e responsável, prevenindo acidentes e protegendo tanto os colaboradores quanto o patrimônio da empresa.

Inscreva-se agora e comece a fazer a diferença na gestão de segurança química do seu negócio!